Hoje, 14 de julho, o Projeto de Lei (PL) nº1.774/2019 foi retirado de pauta na Câmara dos Deputados. O PL, de autoria do deputado Glaustin Fokus, do Partido Social Cristão (PSC–GO), autoriza que supermercados vendam medicamentos sem prescrição médica como Dipirona, Cetoconazol, Cloridrato de ambroxol, Desloratadina, Ibuprofeno, Nimesulida, entre vários outros.
Para o deputado Glaustin Fokus o objetivo é facilitar o acesso da população a esses medicamentos. Mas, Fábio Basílio, presidente do Sindicato dos Farmacêuticos e Coordenador do GT Parlamentar do CRF-GO, explica que essa não é uma justificativa adequada, já que existem mais de 90 mil drogarias espalhadas pelo Brasil.
Além disso, Fábio também explica os riscos que podem ocorrer com a venda de medicamentos em supermercados: “Imagine uma pessoa que tem problema alcoólico e vai e compra paracetamol no supermercado, sem prescrição médica, ou sem a fiscalização de um farmacêutico. Essa pessoa pode desenvolver um sério problema crônico no fígado como uma hepatite fulminante”. Dessa maneira, Fábio explica que as pessoas devem fazer uso racional de medicamentos e consultar um profissional da saúde quando tiver algum problema.
Fábio Basílio também enfatiza a importância da atuação da classe farmacêutica na luta contra esses tipos de leis: “É nossa função enquanto Sindicato e Conselho de Farmácia zelar pelo bem e saúde da população. Os farmacêuticos podem, por exemplo, entrar em contato com os gabinetes dos deputados para informar a eles que são contra a esses tipos de leis que podem prejudicar a população e também prejudicar a classe farmacêutica”, finaliza Fábio.
Fonte: Comunicação do CRF-GO