O Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás, no dia 08 de março, transmitiu ao vivo pelo YouTube, às 19 horas, a palestra Saúde da Mulher: Cuidados e prevenção.
O evento foi protagonizado pela Gilcilene Chaer, farmacêutica bioquímica pela UFG, especialista em Citologia Clínica e Análises Clínicas, diretora na Associação Brasileira de Farmácia e presidente do CRF-DF. A presidente do CRF-GO, Lorena Baía, foi a responsável pela mediação da palestra.
De acordo com Gilcilene, a informação acerca do câncer de colo uterino e mama é muito importante, pois são as neoplasias que mais acometem mulheres na sociedade. A dimensão por trás da conscientização acontece porque no Brasil não existem políticas públicas que priorizam a saúde feminina. Nos últimos dez anos, houve um crescimento nos projetos de lei voltados para o público feminino, mas essas mudanças ainda estão dando os primeiros passos e não atendem a demanda necessária.
Para a especialista, a luta contra o câncer é fortemente dolorosa nas mulheres, porque tira o brilho interior e atinge a autoestima. Desse modo, a melhor e única forma de lidar com essa possibilidade é através dos exames de prevenção, pois eles fornecem o benefício do diagnóstico precoce. Um diagnóstico precoce pode curar em 100% dos casos o câncer do colo do útero e mama.
Atualmente, mulheres envelhecem mais e se proliferam em menor quantidade. Observa-se também, que a população feminina tem envelhecido com mais doenças crônico-degenerativas e menos qualidade de vida. Ao mesmo tempo que a emancipação feminina no trabalho e na sociedade é positiva e importante por um lado, pode se tornar prejudicial a longo prazo devido a jornada dupla. Jornada dupla é quando uma mulher tem “dois empregos”: o serviço doméstico e o que realiza fora de casa. A dupla jornada é preocupante porque causa sintomas osteomusculares, problemas mentais e fadiga.
Gilcilene realçou que as estatísticas oficiais que documentam os dados da violência contra a mulher possuem magnitude subestimada. Em razão disso, surge a necessidade de lutar contra o sofrimento das inúmeras mulheres que não conseguem denunciar e são coagidas diariamente em suas casas. Essa opressão é o ponto de partida para vários problemas que atingem a saúde da mulher, como por exemplo: depressão, suicídio, dependência química, complicações reprodutivas e dores crônicas.
Ao fim do evento, a palestrante compartilhou sua trajétória com o câncer, apresentou uma história de superação muito intensa e encerrou reforçando que as mulheres nunca devem ter medo de buscar ajuda em situações difíceis.
A transmissão está gravada e salva no canal do Conselho no Youtube. Para acessá-la, clique aqui.