Evento on-line reuniu coordenadores de curso, docentes, conselheiros e membros do GT de Ensino para discutir os desafios e perspectivas da formação farmacêutica diante das novas diretrizes nacionais.
Na manhã do dia 28 de junho, o Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO) realizou o 2º Fórum Estadual sobre a Educação Farmacêutica, com o objetivo de promover o diálogo sobre as mudanças nas Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de Farmácia, a partir da publicação do novo marco regulatório da educação farmacêutica.
A abertura foi conduzida por Lorena Baía, presidente do CRF-GO, que destacou a importância da pauta para o futuro da profissão e agradeceu o empenho do Grupo de Trabalho de Ensino. Ela ressaltou a preocupação da entidade com a formação acadêmica dos futuros farmacêuticos, principalmente diante do avanço do ensino a distância (EAD) no país. “Precisamos debater, com responsabilidade e profundidade, os rumos da nossa formação. A qualidade da educação farmacêutica é uma prioridade do Conselho”, afirmou.
O ponto alto do evento foi a apresentação do farmacêutico Edson Sidião, coordenador do GT de Ensino do CRF-GO, que explicou as principais mudanças trazidas pelo novo marco regulatório, com destaque para a proibição de cursos 100% EAD, o fortalecimento da presencialidade e a obrigatoriedade de reformulação dos Projetos Pedagógicos de Curso (PPCs) pelas instituições de ensino.
“Estamos em um momento de intensa adaptação. A nova normativa exige que os cursos de Farmácia revejam suas estruturas curriculares para garantir maior presença dos estudantes nos espaços formativos, valorizando a prática, a ética e o contato direto com os serviços de saúde”, afirmou Sidião.
O evento contou com a participação dos membros do GT de Ensino do CRF-GO — Ana Lúcia, Adibe, Ismael, Leopoldo e Stela Laila — além de coordenadores e professores de cursos de Farmácia, representantes do Núcleo Docente Estruturante (NDE) das instituições e conselheiros do CRF-GO, como Adibe Khouri e Sueza Abadia.
Durante o fórum, Sidião também concedeu uma entrevista, na qual reforçou a importância de confiança e união entre os coordenadores e docentes nesse processo de transição. Segundo ele, o novo marco representa uma oportunidade de ressignificar a formação farmacêutica com foco em qualidade, responsabilidade social e alinhamento com as demandas da sociedade.
“A presencialidade é essencial na formação do farmacêutico, pois permite o desenvolvimento de competências práticas, éticas e relacionais. O contato com laboratórios, comunidades e ambientes clínicos é insubstituível na construção da identidade profissional”, concluiu.
Apoio institucional
O CRF-GO reafirma seu compromisso de apoio técnico e pedagógico às instituições de ensino, por meio da promoção de fóruns, rodas de conversa e encontros com coordenadores de curso. A intenção é garantir que os cursos estejam alinhados às novas diretrizes e que a formação farmacêutica em Goiás continue sendo referência em qualidade e compromisso com a saúde da população.