O Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO) vem, por meio desta nota, manifestar veementemente seu repúdio à retomada da proposta de criação do curso de graduação em Engenharia Farmacêutica pela Universidade Federal de Goiás (UFG), por meio do Instituto de Química (IQ).
Tal proposta é redundante e desnecessária, pois desconsidera a formação completa oferecida pelos cursos de Farmácia, que já capacitam plenamente os profissionais para atuar em todas as etapas da cadeia produtiva da indústria farmacêutica, incluindo pesquisa, desenvolvimento, inovação, produção, controle e garantia da qualidade de medicamentos, vacinas, biofármacos, biomedicamentos, imunobiológicos, insumos, hemoderivados, reagentes químicos e bioquímicos.
Cabe destacar que o curso de Farmácia contempla competências amplas e específicas para atuação em diversos setores da indústria, sendo, portanto, injustificável a criação de um curso paralelo para áreas em que o farmacêutico já é legal e tecnicamente habilitado. Além de não atender a uma demanda social real, a medida pode gerar fragmentação desnecessária de saberes, sobreposição de atribuições e enfraquecimento da identidade profissional, trazendo impactos negativos ao mercado de trabalho.
O Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás reafirma seu compromisso com a qualidade da formação e do exercício do Farmacêutico em todas as suas áreas de atuação e solicita à Universidade Federal de Goiás que reavalie a pertinência e a real necessidade social, técnica e científica da criação deste curso.
Pela valorização da formação em Farmácia e pela coerência no ensino superior, dizemos NÃO à criação do curso de Engenharia Farmacêutica na UFG!