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Pesquisa nacional vai mapear uso de práticas integrativas e complementares em saúde durante a epidemia

O Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict), da Fiocruz, lança nesta terça (25) a maior pesquisa já realizada no Brasil sobre as chamadas Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS). Recursos preventivos e terapêuticos que auxiliam na promoção da saúde, integrando a medicina complementar:  acupuntura, meditação, yoga, homeopatia, musicoterapia, plantas medicinais, quiropraxia, reiki e shantala, entre outros. O Sistema Único de Saúde (SUS) já reconhece oficialmente 29 dessas terapias e oferece atendimento para várias delas.

O foco da pesquisa é avaliar o uso dessas práticas pela população brasileira durante o isolamento social provocado pela epidemia do novo coronavírus.  Para isso, terá como base um questionário online, que poderá ser respondido por qualquer pessoa (médicos, terapeutas, pacientes, pessoas com ou sem sintomas de Covid-19 etc). Dessa forma, apesar do recorte temporal, o estudo também vai servir para traçar um panorama amplo e pormenorizado sobre a utilização dessas terapias no Brasil. As PICS têm sido usadas durante a pandemia para melhoria da qualidade de vida, autocuidado, equilíbrio mental e emocional — mas não impondo ou propondo a substituição de condutas ou protocolos definidos pela comunidade cientifica para tratamento da Covid-19.

A pesquisa Uso de Práticas Integrativas e Complementares no contexto da Covid-19 (PICCovid) foi desenvolvida por Cristiano Siqueira Boccolini, pesquisador em Saúde Pública do Laboratório de Informação em Saúde (LIS/Icict), em parceria com a pesquisadora Patricia de Moraes Mello Boccolini, professora da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP/Unifase). Conta ainda com a colaboração de Cristina Rabelais, também pesquisadora do LIS. 

O Observatório Nacional de Saberes e Práticas Tradicionais, Integrativas e Complementares em Saúde (ObservaPICS), coordenado pela pesquisadora Islândia Carvalho e sediado no Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz Pernambuco), no Recife, também é parceiro do projeto.

Saúde mental 
“Queremos identificar como tem sido o uso dessas terapias diante de sintomas da Covid-19. Ou se as pessoas estão fazendo uso por causa de alguma outra doença crônica, ou mesmo como forma de autocuidado neste momento de isolamento. As PICS têm ótimos resultados na saúde mental, para sintomas como ansiedade, insônia e estresse intenso, que têm sido bastante comuns durante o isolamento”, descreve Boccolini. 

“Esperamos que os resultados da investigação contribuam para fortalecer a rede de pesquisa multidisciplinar para estudo e uso das PICS, trazendo à luz algumas evidências sobre padrões de uso de determinadas práticas. Além disso, acreditamos que o projeto irá estimular não só o uso dessas terapias pela população em geral, como também incentivar profissionais a se capacitarem. Desde antes da epidemia, o Ministério da Saúde já oferece cursos de Educação a Distância (EAD) para vários tipos de PICS”, complementa Patricia. 

Boccolini explica que a pesquisa será respondia em um questionário eletrônico a ser distribuído no formato “bola de neve”. Serão escolhidas pessoas chave (pelo menos uma em cada um dos 26 estados e Distrito Federal) que funcionarão como “sementes”, disseminando e distribuindo a pesquisa para suas redes de contatos, utilizando diferentes meios (mídias sociais, e-mail, WhatsApp etc).  Quem receber a pesquisa, por sua vez também será estimulado a redistribuir o questionário em suas redes de contatos. Além disso, o link com o questionário será divulgado pela Fiocruz e ficará disponível no site da Fundação, para que qualquer pessoa possa acessá-lo, mesmo que não esteja entre os contatos da rede básica de distribuição da pesquisa. 

Abrangência
“Pretendemos atingir pessoas de todos os segmentos — diferentes classes sociais, regiões geográficas, faixas etárias, de gênero etc — de modo a podermos montar um panorama bastante completo e representativo do país. E ao final faremos o balanceamento e calibragem dos questionários respondidos, para garantir uma representatividade da realidade brasileira”, afirma o pesquisador.

O questionário conta com 40 perguntas, e o tempo estimado para responder a todo o formulário é de cerca de 10 minutos. 

“Ele começa com perguntas sobre características sociodemograficas (idade, tamanho dos domicílios, cidade, renda, trabalho etc), coletando dados da situação de cada pessoa antes e depois da epidemia de Covid-19”, explica Patricia. “Em seguida, há perguntas específicas sobre o estado de saúde do respondente: se ele tem ou teve sintomas da Covid-19, se possui alguma doença crônica, se está grávida (no caso das mulheres) e se utilizou algum atendimento médico no período e como foi esse atendimento – no SUS ou na rede privada; se foi por telemedicina; se teve alguma prescrição de remédios; se fez uso de ervas medicinais ou vitaminas; e se utilizou alguma das 29 PICS reconhecidas através do atendimento do próprio SUS”. 

Os pesquisadores esperam receber dezenas de milhares de respostas de todo o Brasil até o final de setembro, quando irão trabalhar os resultados preliminares. O relatório final da pesquisa deverá estar pronto em meados de outubro.  

Para acessar o questionário clique aqui.

Por: PH de Noronha - Icict/Fiocruz.
 

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