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CRF-GO adverte sobre riscos da falsificação de medicamentos como o Ozempic

O Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO) faz um alerta sobre os riscos da falsificação de medicamentos como o Ozempic cujo uso é indicado para tratar pacientes adultos com diabetes tipo 2 que não conseguiram controlar satisfatoriamente seus níveis de açúcar no sangue, mesmo após adotar uma dieta equilibrada e realizar atividades físicas regulares.

Nos últimos meses, o Ozempic ganhou notoriedade e grande divulgação nas redes sociais devido ao seu efeito colateral que resulta na perda de peso. Este efeito está ligado ao mecanismo de ação do medicamento, que se assemelha ao hormônio GLP-1, afetando áreas cerebrais como o hipotálamo, responsável pela sensação de fome, gasto de energia e saciedade. Isso leva a uma redução no apetite e, consequentemente, a uma menor ingestão de alimentos. No entanto, o uso indiscriminado do Ozempic envolve riscos que variam desde alterações no sistema digestivo até eventos graves, como a inflamação do pâncreas.

A falsificação de medicamentos representa um grave problema de saúde pública. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu um comunicado da empresa responsável pelo Ozempic, a Novo Nordisk Farmacêutica do Brasil Ltda., alertando sobre a presença no mercado brasileiro de um lote falsificado, identificado como LP6F832, com data de validade até 11/2025. A empresa não reconhece a validade deste lote, confirmando que se trata de um produto falsificado.

Como medida preventiva, a Anvisa publicou uma resolução (Resolução - RE 3.945/2023) https://www.in.gov.br/web/dou/-/resolucao-re-n-3.945-de-17-de-outubro-de-2023-517074284 determinando a apreensão do medicamento falsificado e proibindo sua comercialização, distribuição e uso.

Khalled Michael Ghader, secretário do Grupo de Trabalho de Drogarias do CRF-GO, enfatiza a gravidade da falsificação de medicamentos e os riscos à saúde: "Todo medicamento deve possuir nota fiscal de entrada e saída na drogaria e farmácia. Medicamentos falsificados no mercado clandestino podem causar diversos transtornos à saúde, chegando até a levar a óbito, porque quando o medicamento é falsificado, não se sabe o que contém, não se sabe o que está sendo ingerido. Não possui bioequivalência, não tem biodisponibilidade, ou seja, não se tem conhecimento de como aquele medicamento irá atuar no organismo. Esse medicamento falsificado pode gerar diversos problemas, como problemas cardíacos, hepáticos, cirrose hepática, diarreia, vômito, entre outros. São medicamentos que não oferecem segurança nem controle, não possuem farmacovigilância, nem rastreabilidade."

Khalled também destaca a importância da orientação adequada e explica que os medicamentos devem proporcionar qualidade de vida e bem-estar à população, porém, todos eles requerem orientação médica e do farmacêutico. “Existem vários farmacêuticos capacitados para fornecer informações à população sobre posologia e armazenamento. É essencial adquirir medicamentos em farmácias e drogarias, procurando um farmacêutico capacitado. O medicamento deve trazer qualidade de vida e bem-estar, e quando usado corretamente, a pessoa poderá obter êxito em seu tratamento. Mas se utilizado de forma incorreta, isso pode resultar em agravamentos de saúde, como uma patologia grave ou até mesmo o óbito”, comenta.

A falsificação de medicamentos representa um sério risco à saúde pública e exige a atenção de todos os profissionais da saúde e da sociedade em geral. A segurança e a qualidade dos medicamentos são fundamentais para garantir o bem-estar dos pacientes. Portanto, é essencial estar ciente dos riscos associados à falsificação.

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