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Inovação no tratamento de HIV/AIDS: novo medicamento pode ser incorporado ao SUS

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias para o Sistema Único de Saúde (Conitec) publicou um parecer favorável à inclusão do fostensavir trometamol 600mg e encaminhou o relatório para consulta pública. O medicamento destina-se ao tratamento de pessoas vivendo com HIV ou aids (PVHA) que possuem multirresistência aos antirretrovirais, e está entre as iniciativas do Ministério da Saúde para aprimorar a qualidade de vida desses indivíduos.

A Consulta Pública nº 69/2023 sobre o fostensavir trometamol 600mg para o tratamento de adultos com HIV multirresistentes aos antirretrovirais está disponível para participação por meio deste link. As contribuições podem ser enviadas até 17 de janeiro de 2024, utilizando o formulário de experiência e opinião ou o formulário técnico-científico. Esses formulários, juntamente com os relatórios dos estudos referentes ao medicamento, podem ser acessados pela plataforma Participa + Brasil.

Juliana Teotônio, farmacêutica e membro do GT de Serviços Clínicos do Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO), explica que o fostensavir trometamol é um medicamento antirretroviral que inibe a replicação viral do HIV tipo 1. Destina-se especificamente ao tratamento de pessoas com multirresistência, uma situação desafiadora onde os medicamentos convencionais deixam de surtir efeito. "Existem pacientes que desenvolveram resistência a quatro das seis classes terapêuticas disponíveis, representando um alto grau de resistência. O fostensavir propõe-se a agir nesses casos e não possui histórico de resistência cruzada com outros medicamentos, o que o torna favorável. Sua posologia, com apenas duas doses diárias e ausência de interações com alimentos, o torna uma opção valiosa para pacientes vivendo com HIV", explica Juliana.

Ela enfatiza que essa alternativa terapêutica pode ser valiosa para pacientes que já esgotaram as opções terapêuticas convencionais, conhecidas como terceira linha, mas ainda não alcançaram a supressão viral desejada. Porém, ressalta que o uso desse medicamento necessita avaliação individual por uma câmara técnica do estado, composta por especialistas, para garantir sua indicação adequada. Juliana acredita que a inclusão do fostensavir no SUS pode contribuir para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com HIV, mas ressalta a importância da prevenção, afirmando que o objetivo primordial é evitar a multirresistência por meio do reforço na adesão ao tratamento antirretroviral inicial. "Do ponto de vista farmacêutico, o ideal para nós, farmacêuticos, é cuidar dos pacientes de uma forma preventiva para que eles não desenvolvam essa multirresistência e para que não cheguem a necessitar usar esse medicamento.  Por isso, temos que reforçar a adesão na terapia antirretroviral sempre para que os medicamentos de primeira linha funcionem por longos anos e para que a pessoa mantenha a qualidade de vida dela.  É muito bom que o fostensavir trometamol seja disponibilizado, mas gostaria de frisar que também é muito importante a gente ter em mente o tamanho da nossa responsabilidade no cuidado desses pacientes para que eles não cheguem a necessitar dessa alternativa . Então, eu reforço esse olhar do farmacêutico para esse cuidado preventivo”, ressalta Juliana.

 

FONTE: ASCOM/CRF-GO com colaboração do GOV.BR

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